ISSN 1983-3644
Volume 12, número 22
Entre o rural, o urbano e o ambiental: o espaço perimetropolitano do Rio de Janeiro e suas diferentes representações

O artigo visa a investigar e discutir os “projetos para o espaço friburguense” (em especial o espaço rural), município que se encontra na área perimetropolitana do Rio de Janeiro, ou seja, é contíguo à chamada Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). Tendo em vista que “a representação do espaço sempre serve a uma estratégia, sendo ao mesmo tempo abstrata e concreta, pensada e desejada, isto é, projetada” (LEFEBVRE, 2008, p. 45); e que esta estratégia está sob uma lógica hierarquizada no mundo capitalista (a partir da intenção atores hegemônicos, suas racionalidades e códigos), buscou-se desvendar nestes espaços da tecnocracia – e, portanto, nestas representações do espaço: como se quer conceber o rural (e, assim, o urbano e o ambiental) em Nova Friburgo? Que representações estão presentes (ou ocultadas) nestas concepções estratégicas? Nota-se que os documentos analisados apresentam três representações do espaço rural, relacionadas a tipologias aqui apresentadas: i) o rural enquanto uma permanência modernizada, seja através da “modernização” de sua principal atividade vinculada – a agricultura – (e, assim, exaltando um fortalecimento do agronegócio), seja através de sua re-adaptação ou re-criação frente às demandas de um espaço capitalista-metropolizado (pelo fomento das multi-atividades); ii) enquanto uma permanência bucólica, que exige a existência de formas tidas como precarizadas para que se mantenha o conteúdo rural ou, ainda, “ambientalizando” este espaço, que agora prestaria serviços ambientais à metropole; iii) por fim, enquanto um rural fadado à substituição pelo espaço urbano, ou seja, seguindo a visão de urbanização do rural, propondo a ideia de um etapismo ou evolucionismo através do qual haveria uma progressiva passagem do rural ao urbano.

Palavras-chave: Representações do espaço, Rural, Ambiental, Nova Friburgo.

El presente artículo pretende investigar y discutir los "proyectos para el espacio friburguense" (en especial el espacio rural), municipio que se encuentra en el área perimetropolitana de Río de Janeiro, o sea, es contiguo a la llamada Región Metropolitana de Río de Janeiro (RMRJ). En el sentido de que "la representación del espacio siempre sirve a una estrategia, siendo al mismo tiempo abstracta y concreta, pensada y deseada, es decir, proyectada" (LEFEBVRE, 2008: 45); y que esta estrategia está bajo una lógica jerarquizada en el mundo capitalista (a partir de la intención de actores hegemónicos, sus racionalidades y códigos), se ha buscado desvendar en estos espacios de la tecnocracia – y por lo tanto, en estas representaciones del espacio: cómo se quiere concebir el rural (y, así, lo urbano y lo ambiental) en Nova Friburgo? ¿Qué representaciones están presentes (o ocultadas) en estas concepciones estratégicas? Se observa que los documentos analisados presentan tres representaciones del espacio rural, relacionadas con tipologías aquí presentadas: i) el rural como una permanencia modernizada, sea a través de la "modernización" de su principal actividad vinculada - la agricultura - (y, así, exaltando un " el fortalecimiento del agronegocio), sea a través de su re-adaptación o re-creación frente a las demandas de un espacio capitalista-metropolizado (por el fomento de las multi-actividades); ii) como una permanencia bucólica, que exige la existencia de formas tenidas como precarizadas para que se mantenga el contenido rural o, aún, "ambientalizandose" este espacio, que ahora prestaría servicios ambientales a la metropole; iii) por fin, como un rural destinado a la sustitución por el espacio urbano, es decir, siguiendo la visión de urbanización del rural, proponiendo la idea de un etapismo o evolucionismo a través del cual habría un progresivo paso de lo rural a lo urbano.


Palabras-clave: Represenaciones del espacio ; Rural ; Ambiental ; Nova Friburgo.
Publicada em: 10/03/2020 às13:50 Volume 12, número 22

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