ISSN 1983-3644
Volume 12, número 22
Para além do estatuto epistemológico dos campos parcelares: notas para pensar a Geografia Ambiental e a Ecologia Política

Nos perdemos enquanto saber privilegiado em busca da totalidade pelos conflitos que envolveram nossa crise de identidade? Essa é uma questão central que estrura nossa rede de pensamentos. A busca por essa integralidade pode ser observada em movimentos recentes direcionadas de forma bastante interessante pela a perspectiva ambiental. No presente ensaio, propomos discutir os aspectos da nossa defesa por uma Geografia que considere a integralidade em sua complexidade, para além de perspectivas que tendem a considerar os campos independentes que mais fragmentam do que unem. Fazemos isso a partir da posição definida por Marcelo Lopes de Souza: a dis-cussão sobre o enfoque da Geografia Ambiental arti-culada com a Ecologia Política para consolidar cada vez mais o que entendemos por uma ciência de posi-cionalidades capaz de provocar rupturas  das amarras tradicionais e, com isso, a promoção de um efetivo diálogo de saberes que contribua para a caminhada em busca da totalidade “dentro e fora” da Geografia. Mas pontuamos algumas ponderações com relação a esse movimento, por meio da dialética de Swyngedouw, onde entendemos que a Geografia Ambiental não pode ser visto como mais uma tentativa de defesa formal de um novo campo ou subcampo, esse enfoque não deve ser tratado apenas como interseção entre Geografia física e Humana, e sim, como parte integrante do todo da produção epistêmica geográfica, onde todas trabalham com objetos híbridos, mas por lentes discursivas diferentes, mas com o diferencial de se colocar, assim como a Ecologia Política, em profunda relação de diálogo.

Palavras-chave: Geografia Ambiental; Ecologia Política; Totalidade

Do we lose ourselves as privileged knowledge in search of wholeness for the conflicts that sur-rounded our identity crisis? This is a central issue that structures our network of thoughts. The search for this integrality can be observed in recent movements that are very interestingly directed by the environmental perspective. In the present essay, we propose to discuss the aspects of our defense for a geography that considers integrality in its complexity, as well as perspectives that tend to consider the independent fields that fragment rather than unite. We do this from the position defined by Marcelo Lopes de Souza: the discussion about the approach of Environmental Geography articulated with Political Ecology to consolidate more and more what we understand by a science of positionalities capable of provoking ruptures of the traditional tethers and, with that , the promotion of an effective dialogue of knowledge that contributes to the search for the totality "inside and outside" of Geography. But we point out some considerations regarding this move-ment, through Swyngedouw's dialectic, where we understand that Environmental Geography cannot be seen as another attempt to formally defend a new field or subfield, this approach should not be treated only as an intersection. between physical and human geography, and yes, as an integral part of the whole of epistemic geographical production, where they all work with hybrid objects, but through different dis-cursive lenses, but with the differential of placing themselves, like Political Ecology, in a deep relation-ship of dialogue.


Keywords: Environmental geography; Political ecology; Totality
Publicada em: 10/03/2020 às13:52 Volume 12, número 22

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