GeoPUC - Revista da Pós-Graduação em Geografia da PUC-Rio

O presente artigo compõe os avanços teóricos da pesquisa de doutoramento intitulada “Vigilância Popular em Saúde: uma proposta de emancipação humana” realizada no programa de pós-graduação em Geografia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O objetivo deste texto é realizar um debate teórico para situar o papel da vigilância popular em saúde na crítica ao momento histórico atual. O método do materialismo histórico e dialético transpassa a escala de construção da análise e seu foco está na constituição de um pensamento crítico da sociedade capitalista. A proposição de uma determinação socioespacial da saúde busca incorporar o Espaço como conceito central para compreender um fenômeno de interesse para a saúde de coletividades. A pesquisa tem como orientação três pilares que são: a sustentabilidades territoriais, a historicidade da condição física do corpo, e a determinação socioespacial da saúde. Compreende-se o equilíbrio da relação sociedade-natureza, o ser social, as inequidades e equidades da saúde a estruturação de uma proposta de emancipação humana através da saúde.

Palavras-chave: Espaço, Corpo, Saúde, Vigilância popular em saúde, Resistência social

This article is part of the theoretical advances in the doctoral research entitled “Popular Health Surveillance: a proposal for human emancipation” carried out in the postgraduate program in Geography at the Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro. This text is to conduct a theoretical to situate the role of popular health surveillance in criticizing the current historical moment. The method of historical and dialectical materialism crosses the scale of construction of the analysis and its focus is on the constitution of a critical thinking of capitalist society. The proposition of a socio-spatial determination of health seeks to incorporate Space as a central concept to understand a phenomenon of interest to the health of communities. The research is guided by three pillars which are: territorial sustainability, historicity of the physical condition of the body, the socio-spatial determination of health. The balance of the society-nature relationship, the social being, the inequities and equities of health are understood in the structuring of a proposal for human emancipation through health.